"Há um tempo em que é necessário abandonar as roupas usadas... que já têm a forma do nosso corpo... e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares... É o tempo da travessia... e se não ousarmos fazê-la... teremos ficado para sempre... à margem de nós mesmos."
quinta-feira, 29 de abril de 2010
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Orgulho-me...
... imenso de viver num país onde vai haver um TGV, um novo aeroporto (numa célebre localidade chamada Alcochete-jamais), e a terceira auto-estrada que há-de ligar Lisboa ao Porto. Orgulho-me deste país, onde há milhares de desempregados licenciados, para os quais não existem sequer ofertas de emprego nos Centros. Orgulho-me desses ditos Centros, onde trabalham outros milhares de pessoas, que empregam cerca de 3,5% dos desempregados. Orgulho-me de ser frequentadora de um desses Centros, onde pedi (quase por amor da Santa), para ser colocada num POC, enquanto se mantém a minha situação. Mas a pessoa que se encarrega dos POC's na minha área de residência não estava. E como é óbvio, quando uma pessoa não está num serviço público, ninguém sabe responder pelo seu trabalho. Orgulho-me da outra funcionária que ficou de me ligar até hoje (e vou esperando sentada, para não me cansar). Orgulho-me das medidas de apoio ao emprego adoptadas, que têm tanto de burocráticas como de ridículas...
Orgulho-me destas novas medidas, que vão reduzir o dinheiro que era meu de direito, que ainda nem sequer comecei a receber, mas que descontei para ter. Quando existem gestores de empresas públicas a ganhar anualmente o que muitos de nós não conseguem receber numa vida inteira.
(Há coisas que custam muito a digerir...)
How strong my love is...
Está uma daquelas noites claras de que gostas tanto. Sem conseguir dormir, vim para a varanda. Lua, estrelas e calor. À mistura das saudades. Em mais uma das noites que não estás aqui. Sem ansiedade, embora te espere sempre. Sei que vais regressar. E essa é a paz que me sossega a cada dia a que as Sextas-Feiras ainda estão longe. Tão longe...
Tem sido assim. Como se fosses parte da minha vida, sempre. Como se esta fosse a única forma de amar verdadeiramente outra pessoa. Como se, subitamente, o passado não existisse.
Sei que quem nos vê entende. Sei que nos entendemos na perfeição. Esta perfeição que é descobrir-te desde aquele primeiro dia. Sei que consigo ver o que muito poucos têm o privilégio de ver. Conheço a forma como te dás... como és comigo. Como te preocupas. Conheço a tua sensibilidade rara, que me desarma. E estou a aprender. A ser mais forte, mais positiva. A aceitar que a minha vida pode ser tão mais simples do que tem sido até aqui.
E é assim forte o que sinto por ti. Que toda a gente devia ser capaz de o sentir, pelo menos uma vez na vida. Porque não é sequer uma paixão vulgar. Comum. É a minha devoção. E a certeza plena. Do quanto somos únicos. Especiais. Do quanto és importante para mim. Do que te admiro. Do orgulho que tenho em ver-te soltar as palavras, e os sentimentos, e a vida. Essa vida toda que tinhas dentro de ti. E a deixares-me amar-te desta maneira...
Agradeço incondicionalmente, todos os dias. A forma despreocupada que te fez agarrar a minha vida e os meus problemas. Aceitar os meus acessos de raiva e de injustiça. Querer-me, mesmo a saber de todos os erros que cometi. Agradeço o gosto que me devolveste pela vida. E o facto de me teres mostrado que a felicidade está num caminho bem diferente do que aquele que tinha imaginado. Porque é isso que tenho sido contigo: verdadeiramente feliz. Só para o caso de me ter esquecido de te dizer, mais uma vez...
terça-feira, 27 de abril de 2010
Não sou só eu...
... que me divirto imenso com este tema.
Não tem havido manhã na qual não me sinta deliciada, a ouvir as peixeiradas, apupos e mimos que tais trocados entre inquiridos e inquiridores.
Adoro!
(E já agora, era um cargo para mim também, se fizerem favor)!
Do calor do quase Verão...
Sabem demasiado bem estes dias. Estes fins de tarde na varanda, com cheiro a mar.
Sabe bem o calor. O sol. A disposição.
Sabe bem o quase Verão! (Que fique por muitos e longos meses...)
Sabe bem o calor. O sol. A disposição.
Sabe bem o quase Verão! (Que fique por muitos e longos meses...)
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Balanço do macaco...
Às 8 em ponto lá estava. De livro, fichas para pintar, e macaco animado. A ela, adivinhei-lhe o nervoso miudinho, misturado com orgulho nos nossos trabalhos manuais.
Li a história, que foi provocando algumas gargalhadas. No fim, leram a lenga-lenga em conjunto.
E o macaco lá ficou, exposto na sala. E os olhinhos dela a brilhar...
(O nome do macaco - Salta Galhos - foi repetido vezes sem conta, sem me enganar...)
Hoje comemorámos assim o dia mundial do livro.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Não sei se já disse...
... que odeio tarefas domésticas. Ahhhh... e que não gosto de me armar em fada do lar. Que os detergentes me fazem urticária. E que só de pensar em passar a ferro, fico doente. Muito doente, mesmo. Tão doente, que me obrigo a deitar-me no sofá!
(Não sei se já disse que odeio tarefas domésticas...)
O macaco do rabo cortado...
Semana da leitura na escola da Helena. Amanhã vou ler este livro, para 19 pestes.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Posso...
... começar a elaborar a minha vasta lista de presentes do dia da mãe?
Façam chegar os respectivos patrocínios à minha rica filha, por favor!
Façam chegar os respectivos patrocínios à minha rica filha, por favor!
segunda-feira, 19 de abril de 2010
A dança da passagem...
Hoje, durante a aula, vi-a a falar com a professora fora da piscina. Depois foi para a parte mais alta, e nadou, enquanto outro professor a observava. Saiu da aula aos pulinhos, porque a professora achou que devia mudar de nível, e foi pedir opinião ao professor dos mais velhos. E o professor dos mais velhos disse que ela nadava muito bem, e que queria que ela fosse para a turma dele.
Falei com a professora. Aparentemente já não tem espaço para evoluir na turma onde está, pelo que vai propôr hoje em reunião que mude de turma para um nível mais avançado. Avisou logo que as aulas vão ser mais puxadas, e que se vai sentir bastante mais cansada. Mas que logo se há-de adaptar.
Estive durante mais de meia-hora a ouvir uma música cuja letra era "vou passar de ano, vou passar de ano"!
So proud...
SOCORRO!!!!
Descobriu o messenger. E adicionou os amigos. Levou já uma série de sermões acerca dos perigos da internet. Foi avisada de que as conversas vão ser criteriosamente monitorizadas. Acha o máximo poder falar com os amigos depois da escola.
Não quer o telemóvel da Imaginarium, e deixou-me dá-lo à prima sem qualquer tipo de reclamação. Diz que é infantil. O pai arranjou-lhe um que era da avó. E ela está feliz.
(Quando é que ela começou a crescer desta maneira sem eu me aperceber?)
Fim-de-semana em palavras...
Saímos por volta das 18h. Sem adivinhar que nos esperavam dois dias de viagens atribuladas. De mapa na mão, estradas nem sempre boas. Muitas curvas! Pelo caminho marcámos jantar no hotel, já a adivinhar que não ía ser fácil chegar. E não é. Mais de 20 km a 50. Chegámos cansados. A Lapa dos Dinheiros é uma aldeia de montanha, e como o próprio nome indica, tem acesso difícil. Ruas estreitas. Demasiado estreitas para eu passar sem me arrepiar. O hotel era mais do que esperávamos. Além de, à chegada, nos perguntarem pelas crianças. Porque houve uma confusão com as reservas, e no nosso quarto estavam uma cama extra e um berço. Nada que não fosse imediatamente resolvido.
Jantámos divinalmente. Espumante da casa, que não cheguei a provar, em solidariedade para com o meu amor, que não bebe. Uma entrada de queijo fresco com legumes. Creme de alho francês. Vitela estufada com arroz selvagem e legumes. Buffet de sobremesas (a tarde de côco era uma maravilha). Quarto. Primeiro presente.
Acordámos cedo, ao som de passarinhos e da cascata mesmo ao lado do hotel. Tomámos o pequeno-almoço fabuloso. Seguimos para Seia, e fomos à Serra, com algumas paragens para ver a paisagem e tirar fotos. A torre estava ainda coberta de neve. Vimos nevar, e parecíamos duas crianças. Brincámos. Rimos. Tirámos fotos. Muitas.
Descemos novamente para Seia. Museu do Pão. Visita ao Museu, que estava uma confusão. Cheio de gente. Mercearia e biscoitos de presente para as famílias (manas, os vossos estão à espera). Almoço no restaurante do Museu. Dizer o quê? Eu já conhecia. Buffet de entradas, e de pão. Sopa. Polvo assado com batatas a murro. Lombo de porco com castanhas. Buffet de sobremesas. Divinal. Acabámos de almoçar, e depois de uma breve indecisão, decidimos ir até Viseu. Já sem hora para ir ao Museu Grão Vasco, fomos à Sé, que é linda. Depois fomos ao Palacio do Gelo. Algumas lojas. Jantar no rodízio. Desfile de moda apresentado pela Catarina Furtado, que é poderosa. Bar do gelo. Espectacular. Música que o meu amor adorou. Muitas fotos, mais uma vez. Sessão de cinema à meia-noite. "The Crazies". Assim a dar para o mau. Comigo a dar saltos na cadeira a cada vez que os assassinos malucos se lembravam de atacar mais uma vítima. Valeu o actor principal. Que não sei quem era, mas representava muito bem (ehehehehehe)! Viagem de regresso à Lapa dos Dinheiros. Chegámos tarde. Segundo presente.
Depois... Domingo já se acorda com aquele nostalgia do fim. Depois do pequeno-almoço tardio, fizemos check-out, e fomos em direcção a Coimbra. Era suposto irmos ao Luso, mas decidimos ir ao mosteiro de Lorvão. Que até estava fechado. Depois... um desvio no caminho que nos levou para dentro de uma aldeia, que ainda não sei como a carrinha conseguiu passar. Muitas lágrimas e stress depois (estava a ver que ficava presa no meio da rua), chegámos. Almocámos num japonês acabado de abrir, e fomos à Quinta das Lágrimas, ver o sangue da Inês de Castro. Regresso à Nazaré. Jantar. Terceiro presente. Despedida do costume, das noites de Domingo.
E um fim-de-semana quase indescritível. Que soube a pouco. E que me deixou feliz. Muito feliz, mais uma vez...
domingo, 18 de abril de 2010
Não bastava...
... ter tido um fim-de-semana que há-de ficar para sempre na história dos fins-de-semana fantásticos. Não bastava. Porque o meu amor resolveu oferecer-me estes três presentes (um na Sexta à noite, outro no Sábado, e o terceiro agora). E eu estou tão... mas tão vaidosa!
How lucky am i?
sexta-feira, 16 de abril de 2010
À chegada...
... diz-me que quer ser igual à Sara. Sorrio, e deixo-a sonhar.
Sorrio, e vou vendo os mergulhos que dá. As braçadas curtas. Os óculos, em cima dos olhinhos que procuram os meus. As mãos pequenas sempre prontas a acenar-me.
Sorrio, a ver que termina as aulas sempre eufórica. Que fica verdadeiramente entusiasmada. E que, nunca sendo a Sara, vai ser quem ela quiser. Contando que seja feliz. Sempre. Para sempre. Imensamente feliz!
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Para a minha querida amiga Sandra...
Pois é. Eu prometo que nos próximos tempos a boa vida acaba, e ficamos (só?) pela Nazaré, que é uma grande chatice - uma praia linda de morrer, com um areal delicioso, e um passeio para fazer grandes caminhadas, que ao sol parece um pequeno paraíso...
Mas a partir de Sexta-feira, faça chuva ou faça sol, passamos o fim-de-semana aqui. Aparentemente até vai haver neve na torre. Mas se por acaso a chuva e o mau tempo não nos deixarem saír de "casa", as críticas indicam que isso não é exactamente um problema. Até porque no quarto vamos ter uma banheira com hidromassagem. Também há uma sala com lareira, onde consta que se servem chá, café e bolos. E um mini-restaurante onde se servem refeições tipicamente portuguesas de comer e chorar por mais.
De qualquer forma, vamos estar muito perto de Seia. E ir a Seia, significa uma passagem obrigatória pelo magnífico Museu do Pão. Vou adorar regressar.
(A minha dieta entra em hibernação até Domingo à noite).
(Esta fase do namoro-que-ainda-agora-começou-e-dá-vontade-de-descobrir-o-mundo... é uma delícia)!
terça-feira, 13 de abril de 2010
Ainda naquela onda do "há-vidas-piores-mas-não-prestam"...
Marquei Londres. No dia 8, eu e a ianita voamos cedinho para uma das minhas viagens de sonho. Desde que me lembro de ser gente que quero lá ir. Agora... finalmente... é uma realidade que começa a desenhar-se. British airwais, e um hotel que dizem ser central. A rainha que nos aguarde!
Disse adeus...
... aos óculos antigos. Com aquele sorriso do costume, e a energia inesgotável que a caracteriza! Os novos são azuis, ficam-lhe lindamente (e devem durar no máximo meia dúzia de meses).
Nesta fase, tudo é ridículo e brutal ao mesmo tempo. Continua insegura em determinadas relações, apesar de eu estar constantemente a dizer-lhe o quanto é amada, e importante para mim.
Dá opiniões. Palpites. Acha-se crescida. Quer ajudar em quase tudo, mas acaba por não fazer nada. No meio do mundo da fantasia que criou, continua apenas a haver espaço para o Justin Bieber, e para a Hanna Montana.
É meiga. Tão meiga. Salta-me para o colo, a toda a hora. Dá beijos e abraços sentidos. E continua, todos os dias, a dar-me lições de amor eterno. Amor único. Amor incondicional. Amor doce...
Do fim-de-semana...
Foi demasiado bom. Demasiado agradável. Demasiado difícil de exprimir por palavras. Das poucas imagens que tenho. Das memórias que guardei. O que tudo me faz feliz... muito feliz, quando estamos juntos.
Na Sexta-Feira cheguei ainda cedo. Estava um dia quente, e aproveitámos para fazer um passeio pelo Parque das Nações. Muita gente. Muitas crianças a brincar. O teleférico, e o medo que mantenho de alturas, e de não ter os pés no chão. Algum tempo deitados no jardim. Muitas conversas. Muitos mimos.
Depois do jantar excelente, fomos ao Centro Cultural da Malaposta. Café Teatro. Muito riso. Boa disposição. E a primeira noite na casa nova (ainda não decidi se gosto ou não de camas gigantes...)
Manhã de Sábado, no Jardim da Estrela. Urban crafts. A fabulosa Kooka, de quem já era fã via internet, que tive o prazer de conhecer pessoalmente. Presentes para as meninas e para mim. O jardim, com sol. Árvores lindas. Patos. Crianças deliciosas. Almoço com a Pipa. Muita conversa em dia. Muitas gargalhadas. Muito sushi. E ida para o CCB, a meio da tarde, para ver a exposição da Joana Vasconcelos. Sem muitas palavras, ADOREI! É diferente. Inquietante. E de uma sensibilidade que se entranha.
Algum descanso depois, mais um jantar fabuloso em família. Depois, Bairro Alto. Muita gente. Muita confusão. E o bar da prima. Cepa Torta. Uma sangria, e um shot comemorativo de um aniversário à distância.
Na ressaca de um dia demasiado longo, a manhã de Domingo foi passada a descansar. O almoço de Domingo foi tardio. As horas seguintes foram passadas em tom de nostalgia.
Custa dizer adeus. Ir embora. Custa, mesmo quando sabemos que a ausência é breve. Custa, mesmo quando há outros projectos. Custa a viagem de regresso, sozinha. Apesar das saudades da princesa, a quem ainda dei um abraço, muitos beijinhos e um dragão, pelo caminho.
O serão foi passado em excelente companhia, em casa da mana. Com as sobrinhas, que são uma alegria. No próximo fim-de-semana há mais...
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