Está uma daquelas noites claras de que gostas tanto. Sem conseguir dormir, vim para a varanda. Lua, estrelas e calor. À mistura das saudades. Em mais uma das noites que não estás aqui. Sem ansiedade, embora te espere sempre. Sei que vais regressar. E essa é a paz que me sossega a cada dia a que as Sextas-Feiras ainda estão longe. Tão longe...
Tem sido assim. Como se fosses parte da minha vida, sempre. Como se esta fosse a única forma de amar verdadeiramente outra pessoa. Como se, subitamente, o passado não existisse.
Sei que quem nos vê entende. Sei que nos entendemos na perfeição. Esta perfeição que é descobrir-te desde aquele primeiro dia. Sei que consigo ver o que muito poucos têm o privilégio de ver. Conheço a forma como te dás... como és comigo. Como te preocupas. Conheço a tua sensibilidade rara, que me desarma. E estou a aprender. A ser mais forte, mais positiva. A aceitar que a minha vida pode ser tão mais simples do que tem sido até aqui.
E é assim forte o que sinto por ti. Que toda a gente devia ser capaz de o sentir, pelo menos uma vez na vida. Porque não é sequer uma paixão vulgar. Comum. É a minha devoção. E a certeza plena. Do quanto somos únicos. Especiais. Do quanto és importante para mim. Do que te admiro. Do orgulho que tenho em ver-te soltar as palavras, e os sentimentos, e a vida. Essa vida toda que tinhas dentro de ti. E a deixares-me amar-te desta maneira...
Agradeço incondicionalmente, todos os dias. A forma despreocupada que te fez agarrar a minha vida e os meus problemas. Aceitar os meus acessos de raiva e de injustiça. Querer-me, mesmo a saber de todos os erros que cometi. Agradeço o gosto que me devolveste pela vida. E o facto de me teres mostrado que a felicidade está num caminho bem diferente do que aquele que tinha imaginado. Porque é isso que tenho sido contigo: verdadeiramente feliz. Só para o caso de me ter esquecido de te dizer, mais uma vez...
Sem comentários:
Enviar um comentário