São incríveis as mudanças que noto nela. Sempre menina, mas maior. Mais responsável. Os materiais da escola são agora melhor cuidados. Os casacos e o saco do lanche nunca mais voltaram a ficar esquecidos. As mesmas dificuldades e distracções. Faz tudo bem, se tiver alguém ao lado que puxe por ela.
Vai finalmente para a catequese. Por questões logísticas, começa no terceiro ano, e não no quarto com os amigos da escola. Mas depois de alguma ponderação, foi a decisão que tomou. Quero que ela seja uma pessoa de fé. Ou, pelo menos, que encontre a sua própria fé. Esta semana fui a uma reunião com o padre da paróquia que vai frequentar, e entendi a mensagem. É preciso fazer mais do que fecharmo-nos na nossa concha. É preciso fazê-lo com orgulho. É com orgulho que pretendo acompanhá-la. Vou fazer o que queria há imenso tempo.
Depois... o problema que se arrasta há meses: os ciúmes. Esta semana tivemos (mais) uma conversa, que como sempre acabou em lágrimas. Que não me quer com o Rui. Que o pai e a mãe têm que ficar sozinhos. Que se for para ficar com o Rui, quer ir viver com o pai. Que gosta do Rui, mas que vai deixar de falar com ele. Que se eu alguma vez pensar em ter mais filhos (eu não estou com ideias... sosseguem), vai afogá-los na piscina, e mandar-lhes bolas para a cara. E outras pérolas do mesmo género!
E dói, este conflito...
4 comentários:
Estava a minha mãe grávida de mim, tinha a minha irmã 8 anos. Dizia a sister que se fosse o menino que TODA a família queria e ansiava (tanto que não havia nome escolhido para menina) que o atirava pela sanita! E isto é mais assustador.. no teu caso, basta afastares a tua filha de piscinas (lol), a minha irmã tinha sanitas à mão de semear :) Felizmente, vim EU! :D
(Não querendo dar palpites, mas dando... passaram quase 8 (?) meses... não seria altura de a levar a qualquer lado?)
E eese lado, pode ser ali a A-dos-Pretos, que eu faço-lhe uma cura.
Trá-la cá. Eu trato dela. Eheheh(riso de bruxa malvada, com um dente podre à frente)
:O(
Sempre me martelou na cabeça de como as crianças , filhos de pais divorciados/separados lidam com os novos parceiros.
Isto porque tenho duas filhas que são de tal maneira possessivas pelo Pai/Mãe que me faz pensar que se um dia eu ou o Fernando arranjassemos um novo parceiro seria MUITO COMPLICADO!
Teriamos uma luta, que presumo seria eterna e ardua.
O censelho para te dar... não tenho. Mas acho que o Rui vai saber muito bem tocar-lhe no coração ( até acho q já o faz)
Bejinho grande em TI!
ianita,
Não foste parar à sanita... lucky you!!!
Sinceramente... acho que é mesmo uma questão de mimos. E aí a culpa é rigorosamente toda minha... que fui demasiado permissiva em algumas situações.
E ela tem medo... também me questionou qualquer coisa do género "e se ele for mau, e nos deixar"? Portanto... acho que com o tempo a coisa vai ao sítio...
:)
(Podes dar palpites quando quiseres)!
Mana,
Eheheheeh!!! Bruxa... Pois... a tua afilhada está a precisar de uma terapia de choque.
;)
Sandra,
É difícil, sim. Porque na cabeça dela, eu estou a tentar substituir o pai. E não entende porque não me casei com o pai... e mais ela nem sequer se lembra de nós estarmos juntos!
E eles dão-se maravilhosamente bem. Fazem montes de coisas juntos. São companheiros de brincadeiras e de trabalhos de casa, e afins. Mas quando toca a partilhar-me... aí é que ela continua a não achar muita piada...
Beijos.
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