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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Maravilhosa Lisboa



Não decidi de um dia para o outro que ia mudar de atitude. Porque ser feliz é a minha escolha. Mas não depende só de mim. E longo será o caminho. Por isso, enquanto respiro fundo, e passo por aqueles dias demasiado difíceis. Demasiado tristes. Pego na Ianita e voamos até Lisboa. E fazemos os sonhos acontecer. Num hotel simpático. Nas compras. Na Gaiola das Loucas. Na Baixa. Nas iluminações de Natal da Baixa. Na Casa-Museu da Amália, que se revelou uma agrádável surpresa. Lisboa respira Fado e Felicidade. Rumamos a Sintra, e um problema. Voltamos de taxi. Voltamos à vida que deixámos Sábado de manhã. Mas por pelo menos dois dias, valeu a pena.

Obrigada pela loucura.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Christmas miracle...



Aqui era o meu sítio de estar triste. Sem remorsos. Porque é miseravelmente infeliz que tenho sido. Na procura incessante de explicações para o inexplicável. Nos dias em que não me apetece acordar. E me apetece fugir desta pele. Desta vida. Desta incerteza que em poucas horas abalou as minhas crenças. Passei demasiado tempo a sonhar. A ignorar o óbvio. A acreditar nos contos de fadas. E quando o meu conto ruiu... ainda tive o privilégio de descobrir outra faceta da pessoa que amei. Sem restrições. Com uma frieza e uma crueldade que compromete fortemente o meu futuro, e tudo o que tinha construído.

Mas hoje foi um dia diferente. E saí de casa para fazer coisas banais. E andei com lentes de contacto (ainda que por pouco tempo), e fui tão feliz. Naquele sentimento de mudança e liberdade. Numa altura em que me começo a sentir mais solta. E a ver que realmente, em três anos, fui muito menos eu do que devia. Agora as angústias ganharam outra forma. Não nego que se adivinham dias horríveis. Mas ando a fazer mudanças. O cabelo, agora curto. As lentes que hão-de vir. A maior utilização de saltos. A perda de peso que está a ajudar. E a vontade recente de usar maquilhagem.

Hoje combinámos jantar de Natal (Ianita, eu e a Helena). E fomos a um sítio bonito. E rimos muito. E trocámos presente. E no final nem sequer pagámos a conta. Dos presentes... mais do que o valor material (que, diga-se de passagem, foi altíssimo...). Recebi um chocolate com uma foto de família. 6 (SEIS) bilhetes para o Feiticeiro de Oz. E o concretizar de um desejo antigo: ver um espectáculo do Herman. Claro que combinámos logo que em Janeiro vamos estar em Lisboa para ver A Gaiola das Loucas. Trouxe presentes para todos, cá de casa. E um sentimento inexplicável de amor (chamem-me o que quiserem), por esta miúda, que tem uma capacidade inata de me fazer bem. Não lhe consigo agradecer suficientemente. Nem naquela abraço sentido, ao fim da noite. Nem lhe sei dizer que é especial. E que se não fosse ela (e o amor incondicional da minha família), hoje não sei como seria. Se um toque de Deus, ou do destino. Se tenho liberdade para fazer as minhas escolhas. Vamos morrer velhas, a discutir futebol, a ensinares-me a gostar de pedras. A ler livros. E a correr o mundo.

Obrigada. Do coração.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Where did i go wrong?



Step one you say, "We need to talk."
He walks, you say, "Sit down, it’s just a talk."
He smiles politely back at you,
You stare politely right on through,
Some sort of window to your right.
As he goes left and you stay right,
Between the lines of fear and blame,
You begin to wonder why you came.

Where did I go wrong? I lost a friend,
Somewhere along in the bitterness.
And I would have stayed up with you all night,
Had I known how to save a life.

Let him know that you know best,
'Cause after all you do know best.
Try to slip past his defense,
Without granting innocence.
Lay down a list of what is wrong.
The things you’ve told him all along.
Pray to god he hears you.
And I pray to god he hears you and,

Where did I go wrong? I lost a friend,
Somewhere along in the bitterness.
And I would have stayed up with you all night,
Had I known how to save a life.

As he begins to raise his voice,
You lower yours and grant him one last choice.
"Drive until you lose the road,
Or break with the ones you’ve followed."
He will do one of two things.
He will admit to everything,
Or he’ll say he’s just not the same,
And you’ll begin to wonder why you came.

Where did I go wrong? I lost a friend,
Somewhere along in the bitterness.
And I would have stayed up with you all night,
Had I known how to save a life.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Por norma...

Era mais fácil para mim acreditar que depois de um dia mau, nada pode piorar. E não podia estar mais enganada...

Se à minha volta, os ânimos vão serenando. Continuo a perguntar-me a mim própria "porquê?". Sabendo que ninguém tem respostas. Ou que não querem sequer que eu as oiça. Mas é difícil. Parar e viver com (mais) uma humilhação. De alguém que nos diz quase sem subtileza. Eu tenho as respostas. Eu sei o que aconteceu. Eu podia dizer-tas. Mas não o faço. Porque não. Porque não me apetece. E mais uma vez. A minha índole. A minha essência. A minha verdade posta em causa. Como que se os últimos dois anos da minha vida me tivessem sido roubados. Ou meros frutos da minha imaginação fértil.

De repente. Não há distracções. Volto a chorar descontroladamente. Não queria Natal. Nem passagem de ano, nem coisa nenhuma que me obrigasse a sair da concha. A única protecção que consigo ter comigo própria. A defesa do sono. Enquanto durmo (e não estou a sonhar), estou ausente. E não quero estar presente. Não me quero sentir viva. Quero só que me deixem fraquejar...

sábado, 12 de dezembro de 2009

Novo começo...

Não renasci. Nem naquele dia 3, nem nos próximos tempos. Na verdade, não sei se alguma vez voltarei a ser eu, ou apenas pequenos retalhos do que fui um dia. Do que me dei. Do que sorri. Do que sonhei.

Não renasci, porque existem momentos da minha vida por explicar. Enquanto convivo com os olhares de compaixão. Enquanto, por eles, me levanto. Enquanto às vezes engulo o que me apetece ser fraca e pedir. Deixei-me desabar. Deixei-me morrer devagar. Deixem-me permanecer neste meu mundo...

Custa. Levantar os olhos. Não custa admitir que andei dois anos errada. Não custa pedir desculpa pelo que não ouvi. Pelo que não quis ver. Pelo que ignorei. Custa admitir que esta era uma felicidade falsa. Pintada de preto e cinza. Quando eu só via rosa, rosa, rosa...

Foram muitas as evidências. E as esperanças. E eu amei demais. Entreguei-me demais. Chorei demais. Agora preciso. De tempo. De carinho. De paciência. Preciso que me deixei estar em baixo, mesmo quando já pareço recuperada. Preciso que não me sequem as lágrimas. Me deixem chorar. E façam tudo aquilo que têm feito até aqui: estar incondicionalmente do meu lado.

Não renasci. Estou no meu luto. Estou a aprender, desconfiando, a confiar mais. A confiar em quem me quer de facto. Por isso, neste meu novo começo, não há nada para além das palavras, e dos abraços sentidos. Não há controlo, nem nada. Só o que sinto, o que penso, o que sou, o que sofro, o que rio. E a esperança. Alguma esperança de que esta passagem. Uma das minhas piores passagens de sempre. Seja isso mesmo.

Obrigada a quem continua a acreditar que eu sou muito mais forte do que aquilo que sou de facto...