Era mais fácil para mim acreditar que depois de um dia mau, nada pode piorar. E não podia estar mais enganada...
Se à minha volta, os ânimos vão serenando. Continuo a perguntar-me a mim própria "porquê?". Sabendo que ninguém tem respostas. Ou que não querem sequer que eu as oiça. Mas é difícil. Parar e viver com (mais) uma humilhação. De alguém que nos diz quase sem subtileza. Eu tenho as respostas. Eu sei o que aconteceu. Eu podia dizer-tas. Mas não o faço. Porque não. Porque não me apetece. E mais uma vez. A minha índole. A minha essência. A minha verdade posta em causa. Como que se os últimos dois anos da minha vida me tivessem sido roubados. Ou meros frutos da minha imaginação fértil.
De repente. Não há distracções. Volto a chorar descontroladamente. Não queria Natal. Nem passagem de ano, nem coisa nenhuma que me obrigasse a sair da concha. A única protecção que consigo ter comigo própria. A defesa do sono. Enquanto durmo (e não estou a sonhar), estou ausente. E não quero estar presente. Não me quero sentir viva. Quero só que me deixem fraquejar...
2 comentários:
Faz o que quiseres como e quando quiseres. Sem pressões.
A verdade é relativa. E a tua verdade ninguém ta pode roubar.
És mais forte do que queres admitir até para ti própria. É mais para os outros do que podes pensar.
E dito isto... Desculpa.
Ai Vera... sabes o que significa para mim ler isto e não te poder abraçar???
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