Dos lugares comuns... vais embora, e é como que se levasses uma parte de mim. Uma parte da vida que fica suspensa até ao próximo reencontro. Vais embora, e a minha vida fica mais vazia. Enquanto as conversas giram à tua volta, e respiramos esta atmosfera que deixaste aqui. Nesta casa que já tem a tua marca, e está mais cheia. Cheia de nós.

Vais embora, e eu fico nesta mistura. Quando há já algumas horas iniciei o meu próprio ritual da (inevitável) despedida. Sempre com a esperança de que um dia a vida mude. Os nossos rumos mudem. As nossas decisões fiquem mais claras.

Deve ter passado pouco tempo. Mas foi o tempo suficiente para descobrir que este é o meu sonho. Que estou a viver o meu sonho. Que és o meu sonho. A escolha certa. O caminho que tinha que percorrer. Que ninguém, como tu, para partilhar isto tudo. Ninguém, como tu, para me ver assim. Ninguém, como tu, para  alimentar isto tudo que sinto, e que te dou, e que sou. Contigo...

Fazes-me ser melhor. Ver melhor. Fazes-me acreditar e sorrir! Fazes-me sentir este amor crescente. Este orgulho crescente. Como se sempre aqui tivesses estado.

E demora. Custa a passar. Custa saber que ainda falta tanto tempo. Mas vou estar sempre aqui.