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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Sem...

... show-off  nem merda nenhuma desse género. Porque é para isto que tenho o blog. Não para dar recados. Mas para exorcizar os medos. E tentar falar das coisas que não tenho o hábito de falar. Que muitas vezes não consigo dizer directamente.

Sei que não gostas de desculpas. Mas eu preciso de assumir a minha humanidade, e o turbilhão de emoções que tem sido a minha vida. E detesto não ter tido coragem de te ligar da primeira vez em que me senti feliz. Porque era naquele sitio, onde já tinha inclusivé estado contigo. Naquele momento. Que o devia ter assumido.

Já partilhámos tanta coisa neste último ano. E sei que sabes que foste o salto de fé mais acertado da minha vida. Sabes que pode ser egoísta, mas estou sempre à espera das tuas palavras. Que, ao contrário do que possa parecer, assumem muita importância na minha vida. Sabes que há coisas que são só nossas, que dificilmente os outros entendem. Sabes que és a pessoa que ponho à frente dos programas loucos, porque vives  com a mesma intensidade que eu. Sabes. Que és uma presença da qual não consigo abdicar. Mesmo que me dê um ataque de estupidez crónica, e esteja uns dias sem conseguir dizer nada. Aceita a minha cobardia. As suposições erradas que fiz. E sobretudo... a certeza de que te vejo após este reencontro, como uma espécie de irmã. E que te estou eternamente grata. Que anseio pelo dia que consigamos finalmente respirar fundo, olhar para trás, e ver que estamos felizes.

Gosto de ti. Muito. Tenho saudades dos fins-de-semana e dos cinemas. Tenho saudades das horas de conversas, que não troco. E sei. Que és das poucas pessoas que tenho na vida que me dizem na cara aquilo que preciso de ouvir. E isso, não é sequer mensurável.

Mea culpa.

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