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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Christmas miracle...



Aqui era o meu sítio de estar triste. Sem remorsos. Porque é miseravelmente infeliz que tenho sido. Na procura incessante de explicações para o inexplicável. Nos dias em que não me apetece acordar. E me apetece fugir desta pele. Desta vida. Desta incerteza que em poucas horas abalou as minhas crenças. Passei demasiado tempo a sonhar. A ignorar o óbvio. A acreditar nos contos de fadas. E quando o meu conto ruiu... ainda tive o privilégio de descobrir outra faceta da pessoa que amei. Sem restrições. Com uma frieza e uma crueldade que compromete fortemente o meu futuro, e tudo o que tinha construído.

Mas hoje foi um dia diferente. E saí de casa para fazer coisas banais. E andei com lentes de contacto (ainda que por pouco tempo), e fui tão feliz. Naquele sentimento de mudança e liberdade. Numa altura em que me começo a sentir mais solta. E a ver que realmente, em três anos, fui muito menos eu do que devia. Agora as angústias ganharam outra forma. Não nego que se adivinham dias horríveis. Mas ando a fazer mudanças. O cabelo, agora curto. As lentes que hão-de vir. A maior utilização de saltos. A perda de peso que está a ajudar. E a vontade recente de usar maquilhagem.

Hoje combinámos jantar de Natal (Ianita, eu e a Helena). E fomos a um sítio bonito. E rimos muito. E trocámos presente. E no final nem sequer pagámos a conta. Dos presentes... mais do que o valor material (que, diga-se de passagem, foi altíssimo...). Recebi um chocolate com uma foto de família. 6 (SEIS) bilhetes para o Feiticeiro de Oz. E o concretizar de um desejo antigo: ver um espectáculo do Herman. Claro que combinámos logo que em Janeiro vamos estar em Lisboa para ver A Gaiola das Loucas. Trouxe presentes para todos, cá de casa. E um sentimento inexplicável de amor (chamem-me o que quiserem), por esta miúda, que tem uma capacidade inata de me fazer bem. Não lhe consigo agradecer suficientemente. Nem naquela abraço sentido, ao fim da noite. Nem lhe sei dizer que é especial. E que se não fosse ela (e o amor incondicional da minha família), hoje não sei como seria. Se um toque de Deus, ou do destino. Se tenho liberdade para fazer as minhas escolhas. Vamos morrer velhas, a discutir futebol, a ensinares-me a gostar de pedras. A ler livros. E a correr o mundo.

Obrigada. Do coração.

3 comentários:

Ianita disse...

Porra... chorei...

O valor material não é nada. Gosto de dar coisas de que as pessoas gostem. Gosto de me demorar a escolher o presente certo. E não consigo passar por uma coisa que sei que vão gostar e não comprar.

Por isso hoje andava em pulgas. Porque se em miúda ficava ansiosa por receber, hoje fico ansiosa para as dar.

Seja como for, e independentemente de tudo, o que conta é o amor e a atenção em cada presente. Seja o presente o que for... uma viagem à volta do Mundo ou um calhau que se gamou na rua. O valor das coisa é o que lhe damos. E, no meio de todos os presentes que recebi nos últimos anos, a nossa amizade foi o maior deles.

E para tudo de bom que recebo... de ti, da tua Helena, de toda a tua família que me acolheu como se me tivessem visto nascer... só posso pagar com o melhor que posso e sei... nem sempre consigo, mas tento.

E sim. Velhinhas e a correr o Mundo :)

Maria Joao disse...

Boas Festas, Vera!

LP disse...

Que a vossa amizade se prolonge forever and ever! ;)

Bom Natal e Bom Ano 2010,

das meninas do Paraíso do Inferno!

Beijinhos