De 2010...

Um dos piores inícios de sempre. Comigo, a juntar os cacos. Com a força e a cola dos meus grandes pilares. Aquelas pessoas que estiveram incondicionalmente comigo. Que me perdoaram os erros, e souberam fechar os olhos aos meus disparates. Que me estenderam os braços, e me mostraram que isto era o que realmente valia a pena: a vida. Uma construção quase horária. Uma luta diária, que se mantém. Enquanto ainda há feridas por fechar e sequelas por resolver.

2010 foi o ano de aproximação ao meu amor. Um almoço que se transformou em tarde, em jantar e em fim-de-semana. Uma relação que começou demasiado depressa, mas que se mantém cada vez mais forte. Com mais segurança e certezas. Consegui desmistificar as ideias feitas. Reaprender a amar e a confiar. E saber... que o amor é feito de paixão, e serenidade. Da cumplicidade que cultivamos a cada momento. De mãos dadas. De momentos futéis ou mais sérios. De descobertas...

2010 foi um ano de viagens. Londres, a cidade de sonho desde que me lembro de ter gostos pessoais. Tunísia, para uma semana inesquecível. Muitas viagens na nossa terra. Quase o país todo. Algarve no Inverno e no Verão. Lisboa. Sintra. Serra da Estrela. Fátima. Porto. Alentejo. Foi o ano de muito teatro, algum cinema e outras tantas saídas. Sushi aos montes. Programas culturais e passeios. Ano do concerto da minha vida.

2010 foi um dos anos mais intensos com ela. Ou de mim a despertar para o facto de ela já não ser a minha bebé. Com as dificuldades inerentes ao crescimento. E foram tantas. Foi o ano de consolidar a relação com o pai. E aceitar os desafios da maternidade/paternidade partilhadas, em função dos seus interesses.

2010 foi o ano da família e dos amigos. E eu tenho os melhores dos melhores.

2010 foi o ano de algum desânimo e muitas portas fechadas. Desta luta interior, que nunca ninguém vai conseguir resolver por mim. Que me tirou horas e horas de sono. E que 2011 herdou.

2010 terminou de uma das melhores maneiras possíveis. E o futuro... a ver o que nos reserva!