Quando me devia reduzir à minha insignificância. E pensar que o meu sofrimento é tão pequeno, perante aquilo que alguém estará eventualmente a sofrer. Quando me sinto pequena, por achar tantas vezes que sou infeliz. E tenho tudo. Ou quase tudo o que alguém na minha situação poderia eventualmente querer!
Fico rancorosa, porque até hoje não Te perdoei algumas coisas. Nem terei feito as pazes Contigo. Quando me lembro do que aconteceu. Quando olho para aqueles olhos e vejo um olhar vazio de vida. Quando vejo o que tenho sido ingrata (como tenhos sido ingrata...)! E sou impotente perante os factos. Perante uma vida que continua fisicamente. Mas... como será para além disso? Ao menos sei que ainda vou a tempo. Para isto ainda tenho tempo. De me redimir. E de cuidar. E de amar de volta. Preciso só de curar as minhas feridas. E tem custado tanto...
Rancorosa, porque me falhaste duas vezes. Quando achei que o curso da vida ía ter a Tua marca. E ías poder contrariar o que à partida era evidente. Não o fizeste e eu não percebi porquê! Como continuo a não perceber...
Estou a fazer o que inconscientemente ou não faço tantas vezes: a esconder a cabeça na areia! Porque é esta a minha forma de agir. Não sei estar nem nas retaguardas, nem em parte nenhuma. Não sei ser de outra maneira.
Espero... que desta vez, e pela terceira... Estejas onde deves estar. E faças aquilo que Te compete. Só isso...
Sem comentários:
Enviar um comentário