... da última vez que passei a noite em claro, a vigiar-te o sono. Não me lembro da última vez que te senti uma doença estampada no olhar. Com o corpo cansado, do excesso de temperatura, e o cabelo suado. Não me lembro da última vez que tinha sentido esta angústia. Como diz o livro que me pedes tantas vezes para te ler, enquanto te aninhas no meu colo.
Tenho sido dura contigo. Talvez demasiado dura. Quando, pela primeira vez na minha vida, posso fazer tudo da maneira certa. Hoje ouvi algures que quando castigamos os filhos, ou quando os repreendemos, estamos sempre à espera que deixem de gostar de nós. E que os remorsos nos tomam. Mas que é só uma ilusão. Porque é isso que se chama educar. Porque depois de uma palmada, ou de uma imposição de limites, os filhos continuam a amar-nos da mesma maneira. E é aí que se distingue isto que é ser mãe, de outras relações. A fronteira.
Como em todos os outros campos da minha vida, estou a despertar. Estou a ajustar os tempos. Estou a tentar ser melhor. E hoje fico por ti. A vigiar-te. A pegar-te na mão. E a esperar. Que a maldita amigdalite te deixe em paz. E possamos novamente ser nós...
E amanhã, esta nossa aventura recomeça. Assim como a minha aprendizagem...
E amanhã, esta nossa aventura recomeça. Assim como a minha aprendizagem...
1 comentário:
Pois eu nunca pensei na possibilidade de as minhas filha me deixarem de amar... acredita... as vezes penso que o excesso de amor e confiança em nós, maes , é q as pode fazer sofrer!
Bju grande e continuação das melhoras
Enviar um comentário