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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ode to my family...

Sou a mais nova. Mais mimada. Mais inconsciente. Foi sempre assim. O trabalho que os meus pais não tiveram com as duas primeiras, tiveram comigo. Fiz asneiras. Muitas. Fui uma criança demasiado feliz, e uma adolescente demasiado problemática. Tentei. Sempre. Conservar o sentido de humor. Cresci a admirar muito as minhas pessoas. Num ambiente único. Tantas vezes difícil de explicar. Sempre fui sarcástica. Muitas vezes cruel. Aprendi, com o tempo, a limar arestas. Sem dizer tudo o que penso. Muitas vezes guardo, respiro fundo, e resisto.

Talvez tenha acordado tarde. Ou não. Talvez nunca o tenha feito da maneira mais explícita. Mais correcta. Talvez nunca tenha sido justa.

Tenho tantas memórias. De quando eramos cinco. E de nos juntarmos com os outros membros, que fazem parte do meu crescimento. Depois a vida deu uma volta, e ficámos 4. Uns anos depois, voltámos a ser 5, e 6, e 7. E agora somos tantos, que os bancos da carrinha já não chegam.

Agora vivo mais longe. Mas com o passado recente, e se dúvidas houvesse, tive mais uma vez a certeza. Quem está verdadeiramente do meu lado. Quem me alerta para os perigos, e alertou durante anos. Quem me disse um dia para me deitar no colo, e chorar. Sei quem me levou ao médico, quando nem sequer queria andar. Quem me vigiou os dias e as noites. Quem me diz, gratuitamente, que se preocupa. Quem sofre, quando eu sofro. Se calhar, tantas vezes em dobro, mas com um sorriso. Quem me segurou. Foram eles que me seguraram. Aqui.

Só que eu continuo sonhadora, e ansiosa. Tão ansiosa por ser feliz, que às vezes me esqueço que não controlo tudo. Tão obcecada, pressionada para ter aquilo que quero. Teimosa. Crente. Com uma entrega desmedida, muitas vezes fora do sentido certo.

Não quis, nem quero mais não ouvir. Mesmo que oiça o que não gosta e me fere, porque sei que é real, e é para o meu bem, ou é no sentido de me abanarem, e me fazerem parar. Mas também preciso de mimo. Devíamos fazer um pacto de mimo. E têm-me dado muito mais do que eu tenho retribuído. Sei que pareço muitas vezes alienada. Sei que passo para o vosso lado prioridades que não são as minhas. E esse é só um dos meus muitos erros...

O papá e a mamã ensinaram-me a ser uma pessoa boa, que sei que sou. A minha única presunção. Sem maldade. Talvez demasiado ingénua. Demasiado apaixonada. Vocês ensinam-me devagar a ser uma pessoa melhor. E é por isso que quero que façam parte da minha vida toda. Que continuem como sempre, ao lado da Helena. A ajudar-me a educá-la, como fazem tão bem. A puxar-me as orelhas, quando é preciso. A estarem felizes, quando eu estou também.

Talvez nunca vos tenha dito assim. Que é um orgulho pertencer a este "clã", onde é tão difícil entrar. Um orgulho ser irmã, filha, mãe, cunhada, tia, sobrinha, prima, neta. Talvez precise de vos dizer a vocês, manas, que são dois seres humanos incríveis. Com uma força indescritível. E que tento sempre, à minha maneira, retirar o melhor de todos os momentos. De todas as nossas conversas. Talvez precise de vos dizer que vos amo incondicionalmente. E que dou tudo, mas tudo, para conseguir seguir o vosso modelo.

E isto é muito pouco, para o que precisava de vos agradecer...

2 comentários:

Unknown disse...

Palmas para o clã Angélico! E deixa-me tb aproveitar o embalo e agradecer por vocês me terem acolhido (há uma data de anos atrás... não vou dizer pq já foi no século passado! LOL) dentro do clã de braços abertos e me fazerem sempre sentir tão bem quando estou convosco. Obrigada por existirem :)

Vera Angélico disse...

Ehehehehe. Tu és uma pessoa muito especial. E nós recebemos sempre bem, quem vem por bem. ;)

Beijos.