Lembro-me do dia em que vi "O amor em tempos de cólera". Da força do filme. Especialmente deste momento. Do sofrimento que senti. De ficar colada à cadeira, no fim. Da falta de ar. Faltou-me o ar. Falta-me o ar a cada vez que oiço esta "Despedida"!
Um dos meus apelos é quase infantil. Sou assim em tudo. Em todas as relações. Ainda não aprendi a crescer. Queria. Não ter que dizer adeus. Estou a fazer o luto em muitos compartimentos da minha vida. Estou a cronometrar os minutos que passam. A agarrar-me a cada coisa que me mantém à tona. Não tem sido fácil. Continua demasiado difícil. Continua a doer demasiado.
Ontem tive saudades de histórias. Hoje tive saudades do cabelo comprido. Amanhã terei outro tipo de saudades. E desespera-me. Desespera-me continuar sem reconhecer um caminho, ou um sentido. Desespera-me não ver uma porta aberta. Ou uma janela. Desesperam-me estas noites. E os dias, que ainda não adivinho. Desespera-me a falta de opções. A falta da certeza da atitude a tomar, quando reduzi a margem.
Estou. Entre a espada e a parede. Num abismo. Num beco. A olhar à volta. E a saber. O que me falta mais? Como fazer mais? Como viver mais? Das verdades universais, que não esqueço. Sei, e não esqueço...
1 comentário:
Pois... neste caso, não dês o passo em frente. Dá o passo atrás e afasta-te do precipício...
Beijos
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