Não é raiva. Só revolta. Mas uma revolta tão grande, e tão profunda que me destrói. E vão-me dizendo que já passei mais um dia. Mas a que preço é que passo os dias? Porquê? Porque é que sou obrigada a ouvir o que não quero, quando o único objectivo é avançar?
Aprendi que vão sempre existir pessoas más. E pessoas influentes. E pessoas vulneráveis, que não querem acreditar em verdades evidentes. Eu também já o fiz. Já acreditei. Não posso julgar. Mas não posso passar o tempo todo a ouvir dizer que sou mentirosa, e ordinária, e manipuladora. Quando a única coisa que fiz foi amar incondicionalmente. Contra todas as provas. Contra tudo o que acontecia à minha volta. Contra tudo o que toda a gente via, menos eu.
Disse-me alguém num dos primeiros dias. Naquele dia em que eu nem sequer consegui falar. Disse-me que se tomassemos sempre as decisões certas, nunca íamos aprender. Porque os erros nos ensinam a não errar novamente. Que passamos a vida inteira a errar. A cair. E a levantar. Que devemos fazê-lo sempre com o mesmo orgulho e confiança na pessoa que somos. Que podem sempre haver momentos maus. Mas se assim não fosse, como e que éramos verdadeiramente felizes na felicidade em si?
Estou exausta. Sem querer parecer a história do Pedro e do lobo. Sinto-me a piorar. Sinto-me a descer mais. Sinto que o que é mau não pára de acontecer. E a cada vez que vejo uma esperança, ou que me sinto melhor... mais alguma coisa má, para me fazer descer mais. Não aguento. Juro... juro que não aguento...
1 comentário:
Posso ser directa e honesta?
Apetece-me bater-te. Abanar-te até abrires os olhos. Mais.
Mas não posso e não vou. Vou esperar. Não posso fazer mais nada. Esperar.
Esperar que te ergas (porque não o posso fazer por ti)... esperar que fique tudo bem.
A única coisa que não tem remédio é a morte. Tudo o resto passa. Se quisermos que passe. Mais dia menos dia.
E com isto acabam-se os meus palpites. Não quero que te sintas mal pelas coisas que te digo. Não quero que me vejas uma moralista que não sou.
Estou aqui como sempre. Mas sem mais palpites.
Beijos
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